9 de dez. de 2008
?
Creio no questionamento. Tento fugir do dualismo. Não há graça em sim ou não, trevas ou luz, bem ou mal, sorte ou azar, fanatismo religioso ou na total descrença. Não consigo acreditar pelo simples fato de crer, muito menos, me baseio tão somente no empirismo. Até as palavras não são pétreas. Por mais pragmáticas que elas sejam, o tempo, os olhos alheios, as suposições e a procura de um dogma cognitivo para nortear tal desejo de cravar um pedaço de si nos demais, cai por terra. Melhor que ensinar, é criar o anseio da dúvida. Melhor que ter certeza, é optar pelo discernimento. Dizem que uma imagem vale por mil palavras, não creio! Sigo questionando.
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sentido da vida
31 de out. de 2008
segmentos
todos os modos de subjetivação são lícitos
ler galhos é percorrer caminhos
cada um é um planeta
num pluriverso
não há o que particionar
nem categorizar
as relações são entre subjetividades
entre galáxias e histórias
e a leitura pode ser tão inventiva quanto a escrita
o texto são palavras
e o leitor é o que vê, interpreta
cada olhar uma versão
translocação
resta-me a dor
de me dar o que mereço
num dado ardor de ver
a face que me rói
o resto do meu rosto
a cor do ar que vem
colorindo o ido no voltar
no ato de poupar a falta
e violar o excesso
24 de out. de 2008
Desabafo
Minha alma arde em mil desejos, milhões de angustias, oca e fria. Não temo o que há por vir, mas abomino a mim mesmo. Infindáveis dias de trevas, péssimos lampejos de luz. Não admiro mais o que é belo, o que não deixa de ser uma virtude. Tudo me aborrece! O que me extasiava outrora, hoje nem me arranha. Não sou o portador da luz, muito menos filho do dogma. Não quero ir, muito menos quero ficar. Paro aqui...
15 de out. de 2008
Clube da Luta
O filme “Clube da Luta” apresenta a vida de uma pessoa “comum”, um sujeito que trabalha para uma empresa de automóveis e leva uma vida que se resume em trabalhar, consumir, dormir, viajar a trabalho, trabalhar, consumir, dormir, e assim por diante, repetidamente. O personagem se encontra numa situação problema quando começa a ter insônia, e aos poucos vai começando a perceber, em frente a uma máquina fotocopiadora, que sua vida não passa de uma cópia, de uma cópia, de uma cópia...
Ele procura médico em busca de algum remédio que o faça dormir, e o médico diz que não pode receitar. Ele diz que está sofrendo, e o médico diz que se ele quer ver mesmo sofrimento, que visite grupos de apoio para portadores de câncer de testículo. Ele começa a visitar reuniões do grupo e passa a se sentir bem e voltar a dormir tão bem quanto uma criança. Logo ele busca por grupos de portadores de outros tipos de câncer e se torna um viciado em grupos de apoio. Até que, um certo dia, se depara com Marla, uma depressiva com ideação suicida que também visita os grupos de apoio ao câncer, sem ter câncer. A mentira de Marla reflete sua mentira e ele não consegue relaxar com isso, fazendo com que ele volte a perder noites de sono.
Após uma viagem de trabalho, ele se depara com seu apartamento explodindo inesperadamente, exatamente no dia em que ele conhece Tyler Durden, um sujeito subversivo que possui ideais revolucionários e uma linguagem de terrorismo poético, ele trabalha em empregos noturnos, e vende sabão que ele mesmo fabrica com banha de lipoaspiração roubada de clínicas de estética. Como não há para onde ir, após o apartamento detonado, Tyler passa a hospedar o personagem principal em sua residência, um casarão abandonado. Juntos eles fundam o Clube da Luta, com a proposta de que se encare a vida como algo a ser experimentado, para que ela tenha sentido, "quanto você conhece de si mesmo se nunca entrou numa briga?". As vivências dele e de Tyler vão se entrelaçando, o que conduz e potencializa um jogo esquizofrênico entre um deles, ou os dois.
Em meio as lutas, Tyler diz frases que transmitem seus parâmetros que quebram com a maneira pela a qual encaramos a vida cotidianamente. Algumas das frases serão associadas a críticas a sociedade de consumo, as frases ditas por Tyler Durden estão entre aspas. Um dos pontos centrais do filme está relacionado com o que fazemos de nossas vidas. Geralmente trabalhamos para produzir o que não consumimos, muitas vezes, consumimos o que não é necessário, guardando em nossas vidas um estoque de coisas que não utilizamos e não utilizaremos para quase nada, e, por fim, nunca ficamos satisfeitos.
"Você não é seu emprego ou o dinheiro que possui", "as coisas que você possui acabam te possuindo", tudo o que é preciso para esse sistema funcionar são de pessoas para produzir de um lado, e pessoas para consumir, de outro. Que o gasto com a produção seja baixo e o valor do produto, alto. O que gera o tal do lucro de alguns, fomentando a ganância. E, o pior de tudo, é que somos nós os que produzem e consomem, assim servimos de baterias condutoras desses processos. "Essa é a sua vida e está acabando a cada minuto".
Por que não estamos habituados em consumir somente o que realmente precisamos? Por que consumimos qualquer coisa que a propaganda tenha veiculado aos nossos sentidos? Por que nos submetemos a trabalhar em serviços que não gostamos? Tyler diz que “A propaganda nos faz correr atrás de coisas e a trabalhar em empregos que odiamos para comprar porcarias de que não precisamos."
Isso tudo gera uma cultura do individualismo egoísta que exclui a existência do outro como pessoa, cada um quer se importar com seu dinheiro pois o que almeja são objetos a serem comprados, é o 'ter' e não 'ser'. "Você nem quer saber onde moro, o que sinto, como alimento meus filhos ou como vou pagar o médico se ficar doente”.
Não podemos esquecer que vamos morrer um dia que e a nossa vida terá sido sempre a mesma se não mudar a maneira de encarar as relações, e, quando morrermos não teremos mais nada de nada, principalmente não teremos nós mesmos – o que passamos por muito tempo deixando de lado. "Estamos arriscados a morrer a qualquer hora, a tragédia é que não morremos.".
Por fim, “fomos criados pela televisão para acreditar que um dia seríamos ricos, estrelas de cinema e do rock, mas não seremos, e estamos aos poucos aprendendo isso", Tyler Durden.
Bruno Carrasco, Outubro de 2008.
20 de ago. de 2008
quem somos?
somos consumidos por mecanismos midiaticos de peso e de propagaçao em massa, com o intuito de nos criar desejos sobre produtos que nao precisamos, ter prazer em coisas totalmente futeis e desprezíveis que nos causam dependencia, engolir as merdas e as maluquices que a publicidade nos empurra; e o que é pior, a sermos esses cidadaos pacatos e submissos que encontramos ao sairmos nas ruas ou que nos deparamos ao olhar-mos no espelho.
sou árvore
minha raíz é meu passado
- minha história
meus galhos são meus caminhos
- que estou percorrendo
e minhas folhas são lançadas por onde passo:
nas palavras que falo,
nos riscos que escrevo,
nos sons que emito,
e até no grito que não gritei.
1 de ago. de 2008
tre-chos, bruno nobru
não são poemas
mas fragmentos de paisagens
caminhos e passagens a brotar
raízes e galhos
embriões de rizomas
dum prelúdio para o porvir
ao encontro do autêntico tom
compondo um outro novo
a se afinar consigo próprio
partindo de si
sendo o próprio tua origem
concordando ou discordando
cuspindo e movimentando
publique com teu nome
com nome falso ou sem nome
todos somos livres para ir onde quiser
vamos voar!
_____________________________________
link para baixar o livro em .pdf
http://www.nobru.vze.com/nobru_trechos.pdf
mas fragmentos de paisagens
caminhos e passagens a brotar
raízes e galhos
embriões de rizomas
dum prelúdio para o porvir
ao encontro do autêntico tom
compondo um outro novo
a se afinar consigo próprio
partindo de si
sendo o próprio tua origem
concordando ou discordando
cuspindo e movimentando
publique com teu nome
com nome falso ou sem nome
todos somos livres para ir onde quiser
vamos voar!
_____________________________________
link para baixar o livro em .pdf
http://www.nobru.vze.com/nobru_trechos.pdf
teatro
- a encenação da vida cotidiana
23/6/08
muitos estão encenando, diariamente, o tempo todo, como num filme.
tal como atores representam, sem receber nada em troca - pelo simples prazer de representar, escravos da aparência e do hábito.
a preocupação não esta em ser, mas em parecer ser.
numa necessidade de afirmar uma existência, seja ela qual for.
e... quem não consegue ser o que é, faz teatro pra tentar ser o que não é.
ainda vai demorar um bom tempo pra se perceber que a gente não é algo pronto, mas que estamos num constante movimento do fluir da vida.
ingênuo o que tenta me julgar como algo definido e estático, tão simplista e parecido com si mesmo...
está muito claro que eu somos diferentes, e que eu não sou você.
23/6/08
muitos estão encenando, diariamente, o tempo todo, como num filme.
tal como atores representam, sem receber nada em troca - pelo simples prazer de representar, escravos da aparência e do hábito.
a preocupação não esta em ser, mas em parecer ser.
numa necessidade de afirmar uma existência, seja ela qual for.
e... quem não consegue ser o que é, faz teatro pra tentar ser o que não é.
ainda vai demorar um bom tempo pra se perceber que a gente não é algo pronto, mas que estamos num constante movimento do fluir da vida.
ingênuo o que tenta me julgar como algo definido e estático, tão simplista e parecido com si mesmo...
está muito claro que eu somos diferentes, e que eu não sou você.
27 de jul. de 2008
Ato de Coragem
SENTENÇA INUSITADA DE UM JUIZ, POETA E REALISTA
Esta aconteceu em Minas Gerais (Carmo da Cachoeira).
No dia cinco de outubro
Do ano ainda fluente
Em Carmo da Cachoeira
Terra de boa gente
Ocorreu um fato inédito
Que me deixou descontente.
O jovem Alceu da Costa
Conhecido por "Rolinha"
Aproveitando a madrugada
Resolveu sair da linha
Subtraindo de outrem
Duas saborosas galinhas.
Apanhando um saco plástico
Que ali mesmo encontrou
O agente muito esperto
Escondeu o que furtou
Deixando o local do crime
Da maneira como entrou.
O senhor Gabriel Osório
Homem de muito tato
Notando que havia sido
A vítima do grave ato
Procurou a autoridade
Para relatar-lhe o fato.
Ante a notícia do crime
A polícia diligente
Tomou as dores de Osório
E formou seu contingente
Um cabo e dois soldados
E quem sabe até um tenente.
Assim é que o aparato
Da Polícia Militar
Atendendo a ordem expressa
Do Delegado titular
Não pensou em outra coisa
Senão em capturar.
E depois de algum trabalho
O larápio foi encontrado
Num bar foi capturado
Não esboçou reação
Sendo conduzido então
À frente do Delegado.
Perguntado pelo furto
Que havia cometido
Respondeu Alceu da Costa
Bastante extrovertido
Desde quando furto é crime
Neste Brasil de bandidos?
Ante tão forte argumento
Calou-se o delegado
Mas por dever do seu cargo
O flagrante foi lavrado
Recolhendo à cadeia
Aquele pobre coitado.
E hoje passado um mês
De ocorrida a prisão
Chega-me às mãos o inquérito
Que me parte o coração
Solto ou deixo preso
Esse mísero ladrão?
Soltá-lo é decisão
Que a nossa lei refuta
Pois todos sabem que a lei
É prá pobre, preto e puta...
Por isso peço a Deus
Que norteie minha conduta.
É muito justa a lição
Do pai destas Alterosas.
Não deve ficar na prisão
Quem furtou duas penosas,
Se lá também não estão presos
Pessoas bem mais charmosas.
Afinal não é tão grave
Aquilo que Alceu fez
Pois nunca foi do governo
Nem seqüestrou o Martinez
E muito menos do gás
Participou alguma vez.
Desta forma é que concedo
A esse homem da simplória
Com base no CPP
Liberdade provisória
Para que volte para casa
E passe a viver na glória.
Se virar homem honesto
E sair dessa sua trilha
Permaneça em Cachoeira
Ao lado de sua família
Devendo, se ao contrário,
Mudar-se para Brasília!
Esta aconteceu em Minas Gerais (Carmo da Cachoeira).
O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha, ex-promotor de justiça, concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em flagrante por ter furtado duas galinhas e ter perguntado ao delegado: "Desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos?"
O magistrado lavrou então sua sentença em versos:
Do ano ainda fluente
Em Carmo da Cachoeira
Terra de boa gente
Ocorreu um fato inédito
Que me deixou descontente.
O jovem Alceu da Costa
Conhecido por "Rolinha"
Aproveitando a madrugada
Resolveu sair da linha
Subtraindo de outrem
Duas saborosas galinhas.
Apanhando um saco plástico
Que ali mesmo encontrou
O agente muito esperto
Escondeu o que furtou
Deixando o local do crime
Da maneira como entrou.
O senhor Gabriel Osório
Homem de muito tato
Notando que havia sido
A vítima do grave ato
Procurou a autoridade
Para relatar-lhe o fato.
Ante a notícia do crime
A polícia diligente
Tomou as dores de Osório
E formou seu contingente
Um cabo e dois soldados
E quem sabe até um tenente.
Assim é que o aparato
Da Polícia Militar
Atendendo a ordem expressa
Do Delegado titular
Não pensou em outra coisa
Senão em capturar.
E depois de algum trabalho
O larápio foi encontrado
Num bar foi capturado
Não esboçou reação
Sendo conduzido então
À frente do Delegado.
Perguntado pelo furto
Que havia cometido
Respondeu Alceu da Costa
Bastante extrovertido
Desde quando furto é crime
Neste Brasil de bandidos?
Ante tão forte argumento
Calou-se o delegado
Mas por dever do seu cargo
O flagrante foi lavrado
Recolhendo à cadeia
Aquele pobre coitado.
E hoje passado um mês
De ocorrida a prisão
Chega-me às mãos o inquérito
Que me parte o coração
Solto ou deixo preso
Esse mísero ladrão?
Soltá-lo é decisão
Que a nossa lei refuta
Pois todos sabem que a lei
É prá pobre, preto e puta...
Por isso peço a Deus
Que norteie minha conduta.
É muito justa a lição
Do pai destas Alterosas.
Não deve ficar na prisão
Quem furtou duas penosas,
Se lá também não estão presos
Pessoas bem mais charmosas.
Afinal não é tão grave
Aquilo que Alceu fez
Pois nunca foi do governo
Nem seqüestrou o Martinez
E muito menos do gás
Participou alguma vez.
Desta forma é que concedo
A esse homem da simplória
Com base no CPP
Liberdade provisória
Para que volte para casa
E passe a viver na glória.
Se virar homem honesto
E sair dessa sua trilha
Permaneça em Cachoeira
Ao lado de sua família
Devendo, se ao contrário,
Mudar-se para Brasília!
21 de jul. de 2008
Ato II
Caro amigo,
os últimos dias tem sido bem bizarros à minha torpe visão...
Às vezes me sinto como um estranho, no meio dessa imensidão de pessoas que vomitam falsos ideais... Todos reclamam de suas vidas, galgam suas aspirações na cobiça, mas por uma "educação ideológica" proclamam as maiores injustiças. Não hesitam em apontar culpados...
Uma visão me estarreceu! Uma senhora de classe média à qual tenho contato, me disse com os olhos lacrimejando, que a muito não via uma barbaridade tão grande como a morte do menino baleado pela polícia carioca...
Senti náuseas! No mesmo instante, percebi que vivemos numa terra de cegos, surdos e mudos! E que o ultimo sentido que restou à MASSA foi a mídia...
Milhões de pessoas morrem todos os dias, muitas do mesmo modo que o pequeno menino: no braço armado dos Estados... Mas esta é uma pequena parcela! A maior parte, esta sim, desprezada pela mídia, morre da forma mais cruel e abominável que existe: O DESCASO!!!
Pessoas que morrem no anonimato, que nunca tiveram acesso à DIGNIDADE, dignidade esta, "ofertada" por seus Estados em tão lindos versos petrificados em suas Cartas Magnas...
Seres humanos, que desde o dia de seu nascimento, provaram do gosto da morte em doses homeopáticas: um pouco de fome aqui, uma enfermidade acolá...
Mas aos olhos da maioria, estas pobras vítimas nunca tiveram nome! E a elas não existem lagrimas, mas não lhe faltam uma cova rasa e uma pá de cau!
O que na TV não se vê, o coração não sente.
À família do menino vitima do engano, minhas condolências!
À sociedade como um todo: meus pêsames!
Todos querem justiça! Mas o que é justo?
os últimos dias tem sido bem bizarros à minha torpe visão...
Às vezes me sinto como um estranho, no meio dessa imensidão de pessoas que vomitam falsos ideais... Todos reclamam de suas vidas, galgam suas aspirações na cobiça, mas por uma "educação ideológica" proclamam as maiores injustiças. Não hesitam em apontar culpados...
Uma visão me estarreceu! Uma senhora de classe média à qual tenho contato, me disse com os olhos lacrimejando, que a muito não via uma barbaridade tão grande como a morte do menino baleado pela polícia carioca...
Senti náuseas! No mesmo instante, percebi que vivemos numa terra de cegos, surdos e mudos! E que o ultimo sentido que restou à MASSA foi a mídia...
Milhões de pessoas morrem todos os dias, muitas do mesmo modo que o pequeno menino: no braço armado dos Estados... Mas esta é uma pequena parcela! A maior parte, esta sim, desprezada pela mídia, morre da forma mais cruel e abominável que existe: O DESCASO!!!
Pessoas que morrem no anonimato, que nunca tiveram acesso à DIGNIDADE, dignidade esta, "ofertada" por seus Estados em tão lindos versos petrificados em suas Cartas Magnas...
Seres humanos, que desde o dia de seu nascimento, provaram do gosto da morte em doses homeopáticas: um pouco de fome aqui, uma enfermidade acolá...
Mas aos olhos da maioria, estas pobras vítimas nunca tiveram nome! E a elas não existem lagrimas, mas não lhe faltam uma cova rasa e uma pá de cau!
O que na TV não se vê, o coração não sente.
À família do menino vitima do engano, minhas condolências!
À sociedade como um todo: meus pêsames!
Todos querem justiça! Mas o que é justo?
4 de jul. de 2008
observando e andando
Cara, continuo observando árvores, mesmo percebendo que não sou o mesmo a cada momento que passa, tenho parado alguns momentos ao acaso - quero sentir sol e água, nem somente água e nem somente sol, a mistura de trânsito com cães me olhando com cara de fome me fazem sentir náusea do prefeito atual - a política continua de férias...
Tem muita gente andando por aí, de um lado pro outro, achando que sabe onde vai. Eu não sei. O que sei agora é que atum é muito bom, principalmente com o tal do shoyu no sushi, e que o dia é curto, apesar de longo.
Por vezes tomo café, outras não tomo; tem dias que corro para não perder ônibus, e perco - outros dias não vou, sento no chão e olho para o céu e geralmente acompanho o sol chegando à vista todos os dias; por vezes tomo chá, outras não tomo.
Tem muita gente andando por aí, de um lado pro outro, achando que sabe onde vai. Eu não sei. O que sei agora é que atum é muito bom, principalmente com o tal do shoyu no sushi, e que o dia é curto, apesar de longo.
Por vezes tomo café, outras não tomo; tem dias que corro para não perder ônibus, e perco - outros dias não vou, sento no chão e olho para o céu e geralmente acompanho o sol chegando à vista todos os dias; por vezes tomo chá, outras não tomo.
Ato I
Caro amigo,
Noite passada, tive um sonho que me causou incomesuravel furor seguido de uma imensa frustração. Sonhei que era tão rápido como um vulto, podia tocar a Terra o tempo todo e mesmo assim seguir. Senti-me tão leve e livre. Não mais carregava vícios, dogmas, vaidades, paixões ou mesmo virtudes. Posses e ambições, não mais existiam muito menos direitos e deveres. Sentia a ardência do sol, o frio das trevas, a certeza do incerto e atração pelo rubro. Bradava monólogos aos quatro ventos enquanto o chão que tocava teimava em ganhar movimento.
Desprovido de qualquer ferramenta racional, somente com a alma pela primeira vez me senti vivo. Mas instantes após escapar das garras de Hypnos, me senti humano outra vez.
Noite passada, tive um sonho que me causou incomesuravel furor seguido de uma imensa frustração. Sonhei que era tão rápido como um vulto, podia tocar a Terra o tempo todo e mesmo assim seguir. Senti-me tão leve e livre. Não mais carregava vícios, dogmas, vaidades, paixões ou mesmo virtudes. Posses e ambições, não mais existiam muito menos direitos e deveres. Sentia a ardência do sol, o frio das trevas, a certeza do incerto e atração pelo rubro. Bradava monólogos aos quatro ventos enquanto o chão que tocava teimava em ganhar movimento.
Desprovido de qualquer ferramenta racional, somente com a alma pela primeira vez me senti vivo. Mas instantes após escapar das garras de Hypnos, me senti humano outra vez.
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